Cabelos elásticos: como lidar?

Já aconteceu de você aplicar algo em seu cabelo (geralmente produtos com base química forte) e notar os fios elásticos e quebradiços? Pois é… A elasticidade dos fios depois de alguma reação severa pode significar um dano muito grande que pode levar seus fios para um corte químico! Quer saber por que isso acontece e como contornar a situação de emergência? Então vamos dar todas as dicas para que esse susto não tenha maiores consequências!

Por que o cabelo fica elástico?

Um cabelo elástico pode ter várias origens:

  • uma química incompatível com seu tipo de cabelo;
  • químicas anteriores (química sob química);
  • algum produto com fórmula “batizada” sem que você saiba;
  • acúmulo de danos nunca tratados, etc.

Para chegar na condição de “chicletinho”, o cabelo deve ter perdido queratina suficiente para ficar fino e fraco, até que se quebre. Além da queratina e de todos os seus aminoácidos essenciais, o fio também perde melanina e todo tipo de massa importante para sua integridade. Ou seja: é uma condição extrema do dano capilar!

Como saber se meu fio está elástico?

É muito simples: se seu fio ficou tão fino a ponto de se quebrar em uma só passada de pente, você estica e ele volta com uma textura meio de “zig zag” e suas pontas estão tão frágeis que se soltam na maior facilidade, pode acreditar, ele está elástico!

E qual a diferença entre o cabelo elástico e o que está sob corte químico?

Será que existe diferença entre um cabelo elástico e um cabelo com corte químico? Para sermos simples e diretas, podemos dizer que SIM! E o que diferencia uma coisa da outra é, literalmente, o corte. 

Um cabelo que entra em reação severa a uma química qualquer pode ficar elástico e bem emborrachado, com os aspectos que citamos acima. Isso acontece devido ao “amolecimento” e à perda da massa capilar como reação à química. Porém, para um cabelo elástico existem formas de contornar o problema em caráter emergencial, visando parar o efeito da química e manter a massa que ainda está na fibra.

Já o corte químico só acontece quando não há mais jeito de cuidar e quando seu fio ficou extremamente frágil. Isso por prolongar a ação da química e do dano mais tempo do que o necessário. Assim, os fios são levados à quebra (no meio da haste) por causa da fraqueza extrema que ele alcança.

Sendo assim, podemos dizer que todo cabelo que sofre corte químico, já ficou elástico. Mas nem todo cabelo elástico precisa chegar ao corte químico (e esperamos que não chegue! rs). 

E como eu salvo meu cabelo em uma situação dessas?

Logo de cara, assim que sentir o efeito elástico nos fios, é importante aplicar um produto que tenha ação acidificante e reconstrutora extrema. Ou seja: aqueles produtos “S.O.S” para salvar fios que encontramos por aí! Esse tipo de produto oferece uma base que traz o fio para seu pH mais ácido, mais selado, e fecha as escamas evitando mais perda de massa. Ele também é importante para que algumas proteínas e aminoácidos sejam imediatamente “injetados” na fibra para dar suporte à massa restante.

Uma dica valiosa para fazer essa acidificação é aplicar imediatamente uma mistura de vinagre de maçã e água nos fios, pausar por 5 minutos e, sem enxaguar, aplicar uma máscara reconstrutora bem potente por cima. Depois, basta dar o tempo de pausa indicado na máscara, enxaguar e deixar seus fios secando ao natural. Ah! Indicamos algum leave-in protetor (se tiver fator de reconstrução na fórmula, melhor ainda).

Em resumo: reconstrua! Reconstrua imediatamente! Organize um cronograma capilar de emergência para fios seguindo a tabela de cronograma para cabelos muito danificados. Importantíssimo: evite aplicar novas químicas nos próximos 90 dias (pelo menos).

E o que mais devo fazer nos cabelos nesse período de emergência?

Algumas dicas são bem importantes para manter os fios elásticos na condição de recuperação. Por exemplo, evite:

  • usar fontes de calor;
  • pentear com pentes muito finos;
  • a aplicação de qualquer química.

Outra dica bacana é, se possível, fazer um corte nas pontinhas para “selar”. Isso pode fazer com que as pontas duplas (ou triplas, múltiplas) não se rompam por toda a extensão da fibra, fazendo com que o fio fique o mais inteiro possível.

E você, já passou por algo assim? O que fez para contornar a situação? 

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